Pipoca

Sobre cinema. Filmes que estão em cartaz, a crítica dos profissionais e a crítica pessoal.

Eclipse

Ok, parem de rir. A estréia foi na véspera do aniversário da minha mãe, eu queria levá-la porque ela adora aquele vampiro-que-brilha-purpurina, e a minha namorada tava uma pilha de nervos de excitação e ansiedade. Dia 29, logo na estréia, fecharam metade dos cinemas de Brasília por conta de um alvará (conheço bem essa história de alvará...), e deixaram fãs desamparados formando filas e mais filas para assistir ao filme de vampiros mais meloso da história do cinema. Resultado: não conseguimos assistir.

No dia seguinte, a minha mãe resolveu comemorar o aniversário dela. Resultado: não fomos de novo.

A minha namorada tava começando a soltar fumaça pelas narinas quando eu liguei pra ela e disse para voltar mais cedo do trabalho, que de hoje não passava. A sessão era no Iguatemi, as 20:20. Saímos de casa 7:40 e... perdemos a sessão. Entramos na fila do ingresso eletrônico, e, quendo finalmente chegou a nossa vez, nenhuma tinha dinheiro em nenhum cartão de banco. Me senti uma fracassada que não consegue nem levar a namorada ao cinema. Perdemos a sessão das 21:00 também. Por fim, entramos na fila normal para a sessão das 22:00 (e quase não conseguimos lugares), ela pagou com o cartão de crédito enquanto eu usava meu último dinheirinho comprando um BALDE de pipoca promocional do filme e um copo do lobisomemem marombado.

Ufa! Pensei. Mas aí quando tava dando tudo certo, a lanterninha barrou a minha namorada pela carteira de estudante vencida (velho, essa carteirinha tá vencida há 3 anos e nunca barraram ela!!!). Correndo até o caixa, ela levou um tombo digno de videocassetada. Depois disso, conseguimos entrar.

Pegamos umas cadeiras lá na frente, na fileira de deficientes físicos. Do nosso lado, tinha gente sentada no chão, no espaço reservados para as cadeiras de rodas. Daí veio a lanterninha de novo encher o saco dessa galera... eu mereço.

Aos muitos a sessão foi enchendo. Adolescentes não eram maioria, acreditem! O tanto de pessoas mais velhas que tinha lá é quase inacreditável. Casais, amigos, gays, lésbicas, de 14 a 50 anos, assistindo a saga crepúsculo... um fenômeno. Logo a sessão ficou lotada, e a lanterninha ainda xaropando com os moleques (até acabarem os trailers).

A barriga de tanquinho do lobisomem marombado arrancava suspiros e assovios toda vez que aparecia em tela. O vampiro, que nesse filme faz papel de corno-manso, foi a piada do dia. Dos três filmes, Eclipse é com certeza o mais engraçado. E a Bella é muito sacana (segundo a minha namorada)

Fora o fato de eu quase ter sido assassinada pela fulana toda vez que fazia uma piadinha cínica sobre o filme e sua eterna melosidade, eu curti a sessão. Comi o balde de pipoca praticamente sozinha (passei muito mal depois! Dica: não exagere na manteiga) e ri um bocado, tanto com as tiradas do filme quanto com as pessoas mais velhas gritando "uuuuhhhhhh" quando viam algo potencialmente sexy.

Pra quem não conhece a história (acho difícil, mas tudo bem), a saga crepúsculo começa quando Bella, uma garota desajustada e nova na cidade, se apaixona por Edward, um vampiro. Por ser humana, todos os vampiros querem traçá-la no jantar, mas Edward não deixa, e essa é a história do primeiro filme. No segundo, achando que a está protegendo, Edward dá um fora na Bella e vai embora; nisso ela começa a se envolver com o gatíssimo Jacob, um lobisomem. Essa briga entre vampiros e lobisomem é clássica, só que, neste caso, a briga é por uma mulher. O terceiro filme faz isso ficar mais evidente, quando um exército de vampiros quer matar a coitada (burra) da Bella, o vampiro e o lobisomem vão ter que se dar bem. Eu recomendo pra quem gosta de crepúsculo, ou para quem gosta de ser sacana...




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